quarta-feira, 25 de maio de 2011

Gauchinha

"A novidade veio dar na praia
Na qualidade rara de sereia:
Metade, busto de uma deusa maia;
Metade, um grande rabo de baleia.

A novidade era o máximo!"
(Paralamas)


E essa novidade veio na bruma leve das paixões que vêm de dentro. Brinca diariamente no meu quintal. Inclusive durante o sono, nos meus sonhos.
E o que torna uma estranha, que chegou do nada, sem dizer nada, a criatura mais excepcional do momento? O jeito meigo, doce, carinhoso? A coragem de assumir seus sentimentos? A coragem de buscar viver as coisas que deseja e acredita? O sorriso sincero de quem só quer ser feliz?
Eu já não sei... Me perdi em meio a isso tudo.
Me perdi, aprendi canções que não conhecia, aprendi a amá-las e cantá-las pra tentar tocar o coração de uma estranha. Já nem tão estranha assim. Já uma saudade.
A velocidade em que as coisas acontecem são sempre diferentes. Impermanência. Algumas paixões são instantâneas  outras, levam mais trabalho, mais tempo, como um bom vinho. Mas o mais importante é o fazemos com o arrebatamento, com os sentimentos.
Deixar o coração aberto é importante. Mas às vezes não é suficiente. Pra mim, entrega é sempre necessária. Essa transpiração que nos move rumo ao outro, praticamente na vontade de se juntar ao outro. E as pessoas querem se juntar. Ainda é possível encontrar pessoas com quem dividir os sonhos sim, expectativas... Há gente com mais expectativas que a gente. Isso pode assustar, ou nos mover mais.
Ninguém é completo ou perfeito, mas a maioria quer sentir isso que sinto agora. Que não sei até quando dura, ou se vai acabar. Mas por ora, me faz cantar, sorrir sem razão aparente, escrever longamente...
Desnudar-se diante da vida e vestir-se com a voz que se tem.

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