terça-feira, 12 de junho de 2012

Casa do Estudante UFPel X Mosteiro Budista: Qual a diferença entre universitários e monges?



O que se espera de um monge budista? O que se espera de um estudante universitário? O que se espera de um jornalista? O que se espera do Estado? E o que se espera do ser humano, independente das instituições e formações sociais?
A cerca de 2.600 anos, durante o Primeiro Concílio Budista, em Rajagaha, Índia, foram registradas as regras que um monge deve seguir em sua prática. São, até hoje, de acordo com o livro Vinaya Pitaka (Cesto de Disciplinas) da linhagem dos Theravadas (escola mais antiga e tradicional do Budismo), 227 regras para um monge (bhikkhu) e 311 para as monjas (bhikkunis). Elas foram postas para aprovação dos mais de 500 retirantes presentes no Concílio por um dos 10 mestres de disciplina do Buda Sakyamuni, Upali. Conhecido como o mais disciplinado dos monges, o ex-barbeiro, que recebeu a ordenação do próprio Buda e abandonou o sistema de castas indianas, mostrando como Sidarta Gautama, que um ser não é aquilo que a sociedade impõe que ele seja, mas sim um agregado de experiências que ele acumula e cultiva ao longo de sua existência.
Não que esse pensamento budista sobre o ser como um agregado de experiências acumuladas e cultivadas seja uma verdade absoluta - até mesmo porque a única coisa absoluta no budismo é a Impermanência - mas, quem há de negar que, das afirmações sobre a constituição do Ser, essa talvez deva ser a mais racional?
O que é um estudante universitário, senão o acumulo e cultivo de suas experiências? E quando falo de experiências que formam um universitário, o futuro agente social, não me limito à vida acadêmica quadrada, enclausurada e castradora. Mesmo na Idade Média, quando o modelo de Universidade que temos hoje foi fundamentado, os estudantes, em suas vivências acadêmicas, vislumbravam a importância da experiência com o outro, com o coletivo e com a vida, e de várias formas.
Hoje, o conceito de Universidade é, mais que nunca, de multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade e transdisciplinaridade. E sabem o motivo? Não somos seres isolados. Somos entes coletivos. Nossa formação acadêmica não deve ser pra formar apenas mão-de-obra especializada, profissionais capacitados... A Academia, assim como qualquer instituição educacional, é formar seres críticos, capazes de tomar decisões, de transformar sua sociedade e o mundo num lugar melhor, e isso inclui cuidar de si, cuidar do outro e cuidar do meio ambiente. 
Pouca coisa me parte mais o coração do que ver um estudante de Filosofia estar de acordo com o Sistema de mecanização das relações, afirmando que não está estudando pela transformação. É esse o perfil de estudante que os poderosos querem: um robô, capaz de obedecer ordens do Sistema vigente, que não cuida dos seres e do mundo, mas que cuida de interesses privados e lucrativos. Isso não é novidade, sei. 
E o que é essa relação com o outro?
São todas!
Amar, odiar, sorrir, chorar, lutar, calar, reivindicar, cuidar, ensinar, aprender, fazer festa, fazer guerra... Tudo a seu tempo, e de acordo com a necessidade e interesse coletivo. É ser Tom Zé: "Tô estudando pra saber ignorar / Eu tô aqui comendo para vomitar." 
Tanto monges budistas quanto estudantes universitários sempre estiveram a frente das lutas sociais, defendendo os direitos da população e do meio ambiente. Defendendo a importância destes. Sem medo.
Os estudantes são a massa trabalhadora de amanhã. E os monges tem por regra disciplinar, agir em benefício de todos os seres.


E essas relações nos formam muito mais que a Universidade. A vida acadêmica é envolvimento não só com os livros e as cadeiras de um curso, mas com as múltiplas pessoas que transitam por aqueles espaços e fora deles. A vida acadêmica também é impermanente. E o que seria dos estudantes se não se relacionassem e dividissem experiências? E aqui eu vou fugir das experiências com os livros e expandir ainda mais a cabeça: celebrar a vida com os amigos, com pessoas com as quais dividimos medos, anseios, alegrias, lutas e esperanças. Além de dividir tarefas, muitas vezes.
Em geral, o corpo discente de uma universidade é formado por jovens, seres com o sangue pulsando por vida e sede transformadora. Como passar por essa experiência sem provar todas as suas dores e alegrias?
Os moradores da Casa do Estudante UFPel convivem diariamente com o descaso da administração da universidade e da sociedade com os inúmeros problemas acumulados e maquiados em quase 40 anos de CEU. Extintores de incêndio vencidos, fiação exposta, intensas faltas de água, princípios de incêndio, superlotação, rachaduras, infiltrações, goteira, rebocos caindo do teto, camas frágeis e, inclusive, o despreparo da administração para lidar com emergências - a começar pelo kit de primeiros socorros da CEU, que se resume a uma caixa de algodão.
Não bastassem esses problemas, os moradores ainda são proibidos de se reunirem em números maiores que 4 após às 23h00, são impedidos de visitas, estão em constante vigilância - como se já não bastassem câmeras e controle biométrico. 
Colocam que a assistência estudantil é uma 'oportunidade', quando na verdade, é um direito de qualquer cidadão que comprove que não possui condições financeiras de se manter numa universidade. Mais que isso, a Casa do Estudante UFPel nunca foi um presente da instituição aos estudantes. A CEU é fruto de uma conquista! O prédio abandonado foi tomado pelos estudantes na década de 70. "Não é uma dádiva. É uma conquista!"
Nem as regras do Vinaya budista são tão severas. Nem a vida num mosteiro, tão insalubre. E isso levando em questão o voto de pobreza e mendicância!
A sociedade, o Estado, a imprensa, e a administração da universidade esperam que os estudantes que vivem em uma CEU façam voto de pobreza, não interajam, se tornem pedintes... Falam de nós, residentes, como se fossemos presidiários, seres privados do convívio em sociedade, criminosos que, por não terem condições financeiras de se manterem numa no ensino superior, devem ser privados de qualquer direito, que não seja estudar. 
E longe de receber mensalmente, como os presidiários, o auxílio reclusão, que custa R$ 915,05. Mais que o salário mínimo de um trabalhador. Mais que um auxílio moradia de um estudante. Mais que uma bolsa de pesquisa e extensão.
Desculpem-me, mas eu realmente não entendo isso. Muito menos quando a polícia aponta armas para estudantes, trabalhadores e monges que estão lutando por condições melhores de vida, inclusive para este policiais. 
Daí, quando estudantes festejam o simples fato de estarem vivos, são tratados como criminosos. E como se, entre universitários, a festa, a alegria, o vinho, o riso e a descontração fossem alguma novidade ou afronta à sociedade. 
Uma reportagem exibida a poucos dias numa emissora de TV exibe toda uma falácia preconceituosa em todo da vida de estudantes. Vocês poderão ver abaixo:


Após receber inúmeros comentários questionando o profissionalismo da repórter Luize Baini, o vídeo que se encontrava na página da jornalista foi apagado. Mas, como carioca esperto é aquele que usa sunga no lugar da cueca, salvamos o vídeo e postamos novamente. Pois como a jornalista deveria saber e praticar: "A informação não deve ser manipulada e nem omitida."
Contudo, sabemos como a nossa sociedade realmente vê os estudantes e residentes da CEU. E neste segundo vídeo, vocês poderão ver como a mensagem tendenciosa da repórter, da emissora, da administração da CEU e do cristão que levanta falso testemunho, soa aos ouvidos dos pelotenses:


A CEU UFPel foi casa pra muitos estudantes 'farristas', 'maconheiro', 'bêbados' e 'macumbeiros' que, quando a sociedade brasileira clamou por liberdade, inclusive de expressão, foram pras ruas e enfrentaram polícia pra que inúmeras pessoas, inclusive a jornalista Luize Baine, pudessem exercer o direito de se expressar livremente e, mais que isso, garantir a ela uma profissão.
Graças aos 'baderneiros' que não têm medo de serem felizes e de enfrentar o sistema pra defender os interesses coletivos é que a bonita pode disseminar preconceitos, inclusive de crenças - a liberdade de crença é direito constitucional. E graças aos 'baderneiros' também, que o cristão pode levantar falso testemunho sem ser crucificado em praça pública.
Luize Baini, César Borges, Jeferson Miranda, Stephanie e Carmem. Eu defenderei sempre o direito de vocês falarem o que quiserem. Tenho certeza que não só eu, mas estudantes, monges e qualquer um que acredite na liberdade como direito. Mas jamais aceitaremos que vocês nos neguem o nosso direito de liberdade, nosso direito de fala e defesa de acusações - que também é constitucional. Quando precisarem de nós pra defender o direito de vocês falarem a merda que quiserem, estaremos lá pra garantir esse direito, mas nos deem o direito de fala também.
Sabe uma semelhança crucial entre monges budistas e estudantes universitários?? Seguimos a risca o "verás que um filho teu não foge à luta". 
Sabemos da impermanência. Nós passaremos e outros virão. E queremos que eles sejam tão felizes ou mais em sua estadia na CEU UFPel e na vida. Seja bebendo vinho, como Jesus Cristo e seus Apóstolos. Seja bebendo leite como Buda e seus Arahats. 
  

domingo, 10 de junho de 2012

BOMBA! Landa sai do armário sem medo de ser feliz: "Eu gosto é de mulher!"


Landa com seus 'amigos', amanhecendo ainda em clima de festa no Rio, em 2011. A foto vazou na internet após hackers invadirem seu emails e divulgarem fotos pessoais da cantora, onde ela aparece em festas, cercada por inúmeros modelos e strippers. 


Aos 28 anos de idade, a estudante de Filosofia, cantora e compositora carioca, Landa Ciccone assume sua homossexualidade e choca o mundo com a declaração.
Em entrevista exclusiva, Landa, que já foi careca por várias vezes, conta que desde pequena sempre soube de sua orientação sexual: “A gente sabe que é diferente. Você é orientada pra viver uma vida que não parece ser aquilo que você realmente gostaria de viver. A família brincando de casar os primos, as pessoas impedindo as meninas de jogar bola, brincar de correr e incentivando-as às brincadeiras de bonecas... Não que eu não gostasse de brincar de casinha... Foi brincando de casinha que comecei a beijar meninas e me sentia muito feliz com isso. Sempre foi claro pra mim que eu gosto é de mulher”, conta ela, sem medo de revelar que iniciou sua vida sexual com mulheres aos 12 anos.
“Sempre fui uma pessoa discreta, e nunca achei necessário expor minha vida sexual pra sociedade, afinal, não tenho o hábito de transar em público”, ironiza quando perguntada sobre o motivo de manter a sexualidade em segredo por tanto tempo. “As pessoas não devem se preocupar em com quem ou como eu transo, a menos que queiram transar comigo. O que devem observar em mim é em como posso ser útil pra sociedade com meu trabalho, como agente social.”
A cantora, conta que já passou por inúmeros relacionamentos com mulheres, entre eles, alguns casamentos que lhe renderam 4 enteados, hoje está solteira e afirma que nunca ficou com fãs: “Respeito muito meus fãs e não poderia me aproveitar da situação ou dos sentimentos de alguém que admira o meu trabalho. Afinal, uma fã conhece a Landa cantora, não a Landa fora do palco. Caso eu conheça alguma que realmente me desperte o interesse, eu vou querer conhecê-la melhor antes de qualquer coisa. Não gosto de usar as pessoas e respeito muito o que sentem por mim.”
Conhecida pelas incessantes e polêmicas noites boêmias sempre cercada de belos homens e muita bebida, Landa afirma que o maior problema que teve pra assumir, foi dentro de casa, pra família. “Os amigos sempre me respeitaram, sabendo, desconfiando ou não.” E sobre os rumores de casos com amigos – homens –, ela ri: “É engraçado, pois agora todos falarão que tenho casos com minhas amigas, da mesma forma que falavam que eu tinha casos com meus amigos.”
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Eis mais uma daquelas notícias para as quais enchemos a boca para dizer “AH! NOVIDAAADE!”
Em menos de duas semanas, foram contabilizadas pelo menos cinco fugas de Nárnia. O armário começa a se esvaziar numa velocidade que surpreende. O que não surpreende são as figuras que saem de lá. Não que eu não ache importante e significativo que figuras públicas, fictícias e anônimas saiam dos armários, mas confesso que tenho dado boas gargalhadas com o que sai de lá. Parece que não só eu.
Mais que surpresas – que até agora não houve nenhuma –, essas ‘assumidas públicas’ não passam de uma forma de calar os fofoqueiros de plantão. Ou alguém realmente se surpreendeu que Pepê, Neném, Lanterna Verde, Isabella Taviani e Jim Parsons (Sheldon Cooper – The Big Bang Theory) fossem do clã?!
A questão é que as mídias insistem em divulgar essas ‘bombas’ como se ainda chocassem alguém além dos evangélicos, que se embrenham em longas orações por nossa ‘cura’ ou queimação – que na verdade, não estão nem aí pra essas pessoas quem passaram longe de arrombar o armário.
Sou super a favor de que artistas se assumam abertamente. Ídolos homossexuais são extremamente necessários. Mas mídia ainda quer fazer sensacionalismo em cima de algo que não choca mais. Chocante era na época de Oscar Wilde e até mesmo quando surgiu Luhli e Lucina, com o Amor Livre (uma reportagem linda sobre as duas na revista TRIP  http://revistatrip.uol.com.br//revista/204/reportagens/livres-leves-e-soltas.html ). Chocante era em 1981, quando cinco policiais militares agrediram Ângela Ro Ro após o famoso ‘escândalo’ com Zizi. De Madonna e sua intensa condenação pela Igreja Católica, que se arrasta desde 1989, com Like A Prayer, e se intensifica na década de 90 com inúmeros trabalhos onde explora a sexualidade de várias formas com seu trabalho e, inclusive, em sua vida sexual, estar cercada por LGBTs ou ter relações homossexuais se tornou degrau pra estar na mídia. Acontece que Madonna leva isso tudo até as últimas conseqüências na defesa de soropositivos, homossexuais e mulheres. Aliás, irá enfrentar a justiça russa em agosto, caso aborde, defenda ou tenha práticas homossexuais durante o show que realizará no país. E ela já se posicionou quanto ao aviso do governo russo e garante o enfrentamento a essa “atrocidade ridícula”.
Mas a questão aqui é o assumir... E Madonna assume coisas demais pra estar em questão. Também nem choca mais.
Há uma grande louvação da figura de Cássia Eller por essa mídia sensacionalista, como marco da homossexualidade na música, como se fosse o ícone máximo e inspirador pra que outras artistas assumissem. Mas a verdade é que Cássia é considerada desta forma por ser a imagem da lésbica que choca: a sapatão caminhoneira. Muito além da homossexualidade, Cássia é um ícone real da luta pelos direitos de constituir uma família com outra mulher – que também não é muita novidade, pois mais uma vez, Luhli e Lucina já haviam feito isso no meio musical. Cássia é recente. Em 30 anos sua vida com Maria Eugênia será tão abafada quanto a de Luhli e Lucina é hoje; parte boa da memória dos que realmente foram tocados pelo movimento dos casais e a vontade de estar juntas. A questão “Cássia Eller” – se é que deva ser uma questão – é ser visivelmente ‘sapatão’. As lésbicas esteticamente ‘femininas’ chocam tanto quanto os gays esteticamente ‘masculinos’: apenas no momento do beijo e olhe lá!
E na ausência de Cássia Eller, e na impossibilidade de Ana Carolina suprir aquela figura da sapatão que choca, a mídia vem tentando isso com Maria Gadú que, assim como Ana, desliza na superfície sensacionalista midiática. E esse deslize afeta as amigas com uma releitura do velho pensamento machista de “não existe amizade entre homens e mulheres”. Da mesma forma é aplicado aos homossexuais: “não existe amizade entre uma lésbica e uma outra mulher”. Há um interesse muito maior das pessoas de que haja uma relação sexual no lugar da amizade. Assim começou a violência com Luiza Possi por ser amiga de Gadu.
Luiza foi atacada freneticamente pela tal suposição de uma relação amorosa/sexual com Gadu. Ataques que colocavam o profissionalismo dela em xeque diante da possibilidade dela ser lésbica. Desde quando um trabalho tem valor menor se realizado por um homossexual?? A mídia estimula o instinto violento do ser humano, a necessidade de crucificar alguém simplesmente pra se convencer que seus ‘pecados’ são menores perto dos ‘pecados’ dos outros. Um crime de ódio se dá desta forma: o outro tem práticas desprezíveis e isso me autoriza a humilhá-lo ou espancá-lo.
E no caso de alguns artistas, assumir sua sexualidade é calar as especulações em torno desta. O famoso “Será que ele é?”
Às vezes dá vontade de perguntar se querem pegar. Afinal, aos homossexuais só interessa saber sobre a sexualidade do outro pelo simples fato de identificação ou de estar afim e saber se pode investir sem tomar uma lâmpada na cara.
Estamos ainda em tempos de construção de voz. Daí a importância das ‘saídas’ do armário: para que notem que nós, homossexuais, estamos em várias áreas da sociedade e da vida. Obrigando os homofóbicos a conviverem conosco, a nos aceitarem como fato e seres ativos na sociedade. Que isso se dê continuamente até que, expor sua sexualidade seja necessária apenas para o caso de investir numa relação, dar em cima de alguém... Ou que nem isso. Que as pessoas se interessem e descubram pelo caminho. Ou, pra minha satisfação radical, que quem tenha que assumir sexualidade um dia sejam os heterossexuais. Que os heteros vivam os conflitos e benefícios de descobrir sua sexualidade. Isso é lucro pra sociedade.
Talvez seja hora de, quem ainda vive em Nárnia, abandonar o armário pra socarmos lá os heteros – todos: liberais, legais, homofóbicos... – com a finalidade única de assumirem a responsabilidade de descobrirem e exercerem sua sexualidade.
Assim, ninguém mais usaria o termo ‘viado’ para desprezar ninguém. Nem se agrediria o outro por ser afeminado/feminino, pois ser feminino não é ser menor. E ninguém mais se preocuparia em corrigir a sexualidade de ninguém. Se tu é HT e é afim de um homossexual ou vice-versa, paciência. Não se pode ter tudo.
Precisamos banalizar a homossexualidade. E isso está acontecendo quando a mídia faz circo com a sexualidade dos artistas e, ao invés de o público aplaudir ou rir da morte, do desconforto daquele que é exposto, hoje nós rimos da imprensa e emitimos comentários irônicos sobre a burrice desta em anunciar coisas que nunca foram novidades ou que simplesmente, não possuem importância, como foi sobre a declaração de Pepê e Neném de que são lésbicas... “AH! QUE NOVIDADE!!”
Como diz Marina Lima, “TODOS SOMOS GAYS!”
E que todos assumam. Mesmo que não são. Simplesmente pelo direito do outro ser aquilo que se é.
Que se provoque essa banalização da homossexualidade, para que, cada vez mais, a gente dê risada da imprensa ridícula, e que um dia eles entendam que, a sexualidade do outro só me interessa se estou afim deste. E olhe lá.
E como não estou afim nem de Pepê e nem de Neném...     
E você? O quê que te choca?