domingo, 25 de julho de 2010

Adoção de crianças por homossexuais

Nem vou me dar ao trabalho de refletir demais. Apenas rebaterei argumentos contra esse tipo de adoção, que giram em torno de clichês.
O que as pessoas que defendem o argumento de que família precisa de uma figura materna e uma paterna têm a dizer a respeito das famílias que não contam com essas figuras. Pais e mães morrem, vão embora, desaparecem, são vítimas da violência, são agentes da violência... A situação é bem ampla.
E não me venha com essa de ter referenciais femininos e masculinos. Muitos de nós fomos criados sem esses referenciais e isso em nada afetou nosso caráter. E o contrário também acontece.
Além do mais, homossexualidade não é sinônimo de falta de caráter ou debilidade. E orientação sexual é balela! Eu mesma fui criada com as figuras de pai e mãe, sem referências homossexuais, fui orientada à heterossexualidade, e no entanto sou homossexual (e desde antes de me entender por gente).
Uma família precisa de uma figura amorosa, capaz de prover a molecada de necessidades básicas às afetivas.
Não temos um sistema que ofereça condições à população de acesso a boa educação, saúde pública e subsistência, controle de natalidade, salários que sustentem e outras coisas mais.
Isso ajuda a manter a superlotação de orfanatos e o número de crianças abandonadas nas ruas, nas portas, nas lixeiras, nas matas e em outros tantos lugares. O governo não dá conta disso!
Agora eu pergunto: é melhor ter crianças vivendo nestas condições do que vivendo num lar composto por dois homens ou duas mulheres que querem e podem dar-lhes afeto, proteção e as condições básicas para que cresçam saudáveis física e mentalmente?
Se a maioria da população responder sim a essa questão, temerei por seus filhos, pois mais uma vez ficará provado que não sabemos amar, apenas possuir.

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